quarta-feira, 12 de agosto de 2020

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Poema Não Cantado

Vim dizer...
um dia como já não mais,
memória entre os umbrais
são meus ais
tão reais
terra de outrem

Na Catedral
fotografia Florençal
o meu dedo e o teu dedal
não te vi, mas foi real
teu beijo em Lucca,

Na véspera-a-á,
tuas vestes de operá
vertem pétalas ávidas
um amor aquém
ateu

Sim, doeu
quando teu rosto me esqueceu
minha voz já não canta mais
não voa mais, butterfly
mas eu me lembro bem

Eu sei que é Deus quem traz o pão,
e o diabo é quem diz não,
a minha cruz é ser Adão,
na tua mão, punhal

Venha me ver mais uma vez,
eu já voltei duas ou três,
meu caminho é de existir,
me desfazer sem ti

Se não, Adeus
o que não morre é o que morreu
este destino já não é
aquele meu,
eu sou ninguém...

Poema Não Cantado

 Vim dizer...

um dia como já não mais,

memória entre os umbrais

são meus ais

tão reais

terra de outrem


Na Catedral

fotografia florençal

o meu dedo e o teu dedal

não te vi, mas foi real

teu beijo em Lucca, 


Na véspera-a-á,

tuas vestes de operá

vertem pétalas ávidas

um amor aquém

ateu


Sim, doeu

quando teu rosto me esqueceu

minha voz já não canta mais

não voa mais, butterfly

mas eu me lembro bem


["refrão"]

Eu sei que é Deus quem traz o pão,

e o diabo é quem diz não,

a minha cruz é ser adão,

na tua mão, punhal


Venha me ver mais uma vez,

eu já voltei duas ou três,

meu caminho é de existir,

me desfazer sem ti

["refrão"]


Se não, Adeus

o que não morre é o que morreu

este destino já não é 

aquele meu

eu sou ninguém...